
O inverno se aproxima,
já é possivel sentir seu vento gélido.
Eu, ostra terrestre,
fecho-me mais uma vez em minha casca.
Escondo novamente minha rubra pérola,
que pouco refletiu a luz de outrem,
e jamais brilhou por luz própria.
Sobrevivo.
Consumo a gordura acumulada,
dos quentes meses que se passaram,
aguardando quem os traga devolta,
a luz de quem a queria refletida.